Olha quem (também) vai estar no Meco em 2021...
Falta 1 ano para a 26ª edição do Super Bock Super Rock.
Falta 1 ano para os três dias de Música que vão acrescentar mais uma página à história do Super Bock Super Rock. Nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2021 vai escrever-se, no Meco, o 26º capítulo do Festival, repleto de Música Autêntica, amizade e memórias que ficam para sempre.
Já reconfirmados para a 26ª edição do Super Bock Super Rock estão os Foals, Brockhampton, Kali Uchis, Jungle DJ Set, GoldLink, Local Natives, Boy Pablo e, a representar com distinção a música nacional, Slow J.
Hoje, dia em que se daria início a mais uma edição do Super Bock Super Rock, há novos nomes para conhecer e um cabeça de cartaz que renovou o seu compromisso para com o público português. A$AP Rocky (na foto) já confirmou que vai atuar na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, em Sesimbra, em 2021: dia 15 de julho no Palco Super Bock. Ao rapper de Nova Iorque, juntam-se os também norte-americanos Son Lux (17 julho, Palco EDP), os britânicos Hot Chip (16 julho, Palco Super Bock), os míticos Wire (16 julho, Palco EDP), e a reforçar a presença nacional no Festival, vão estar ainda Pedro de Tróia ( 16 julho, Palco LG by Rádio SBSR) e os GANSO (17 julho, Palco EDP).
A$AP Rocky é hoje um dos nomes mais interessantes e disruptivos do hip hop feito em todo o mundo, mas o caminho nem sempre foi fácil para o jovem Rakim Mayers. O pai foi preso quando ele tinha apenas 12 anos e, logo depois, o irmão foi morto bem perto do seu apartamento. Estas foram algumas das feridas que acabariam por influenciar o seu comprometimento com a música e a sua própria personalidade artística – a arte ganhou uma importância central para Rakim. Influenciado pelo estilo sulista dos UGK e pelas rimas dos heróis da sua cidade, o grupo de hip hop “The Diplomats”, A$AP Rocky conseguiu erguer-se do seu ambiente em Harlem e mudou-se para New Jersey, onde começou a fazer rap mais a sério. Desde 2007 que faz parte de um coletivo chamado A$AP Mob e foi aí que foi buscar a primeira parte do nome de guerra que acabou por adotar. Pouco depois, alguns dos seus temas surgiram no YouTube e aí começou todo o burburinho à volta do seu imenso potencial. “Peso” e “Trilla” foram algumas das canções que começaram por chamar a atenção do público. Seguiu-se a mixtape “Deep Purple” e mesmo antes de editar o seu disco de estreia, A$AP Rocky já estava nomeado para alguns prémios, como o “BBC Sound of 2012”.
O disco de estreia, “Long. Live. ASAP”, editado em 2013, contou com colaborações de nomes como Santigold, 2 Chainz, Kendrick Lamar e Yelawolf. O segundo disco, “A.L.L.A. (At Long Last A$AP)”, chegaria dois anos depois. O disco foi produzido por Danger Mouse e Juicy J, contando com as colaborações de FKA Twigs e Lykke Li. O terceiro disco, “Testing”, editado em 2018, junta várias referências além do rap, integrando até alguns elementos da arte contemporânea.
Mais ambicioso do que nunca, A$AP Rocky assume-se como um artista capaz de ir além do hip hop, integrando outras artes e formas de expressão, sem nunca negar esse solo no qual estão as suas raízes mais profundas. "Praise the Lord (Da Shine)" (com Skepta) e "Purity" (com Frank Ocean) são alguns dos temas mais fortes do disco. Dia 15 de julho, no Super Bock Super Rock, o público terá a oportunidade de ver ao vivo, este que é, sem dúvida, um dos nomes mais arrojados do hip hop norte-americano.
Quando o assunto é juntar elementos eletrónicos ao melhor indie rock, é impossível não falar no trabalho dos Hot Chip, a banda de Joe Goddard e de Alexis Taylor. Conheceram-se em 1991, quando frequentavam a Elliott School em Putney, Inglaterra. Nesses tempos partilhavam o mesmo fascínio por nomes como Beastie Boys ou Bill Callahan – e juntar referências tão diferentes nunca foi um problema para os Hot Chip, muito pelo contrário. Apesar desta longa amizade, os Hot Chip só surgiram oficialmente no ano 2000 com a edição do EP “Mexico”.
Em 2002 editaram “Sanfrandisco E-Pee”, um registo que captou a atenção da Moshi Moshi Records, uma editora que viria a lançar o primeiro disco da banda, “Coming on Strong”, em 2004. E foi nessa altura que o duo se transformou numa banda com cinco elementos, com as entradas de Owen Clarke, Al Doyle e Felix Martin. Em 2006 editaram o segundo álbum, “The Warning”, já com os selos da EMI Records no Reino Unido e da DFA nos Estados Unidos (mais tarde, a Domino Records também entraria em cena). Com influências de bandas como os Talking Heads ou os Pet Shop Boys, este registo foi um enorme sucesso junto do público e da crítica, sendo mesmo nomeado para um Mercury Prize.
A banda continuou a desafiar-se nos anos seguintes, correndo riscos e procurando uma linguagem só sua, além das influências mais evidentes. E esse esforço ficou bem evidente nos discos seguintes: “Made in the Dark” (2008), “One Life Stand” (2010), “In Our Heads” (2012) e “Why Make Sense?” (2015). "A Bath Full of Ecstasy", o último disco da banda, chegou em 2019. Com produção de Philippe Zdar (Cassius) e Rodaidh McDonald (The xx, King Krule), este novo álbum traz alguns dos elementos que fazem o sucesso dos Hot Chip: uma certa nostalgia pela pop eletrónica dos anos 80, um gosto por boas canções que também fazem dançar e uma leveza que não implica deixar de dizer coisas sérias. Temas como “Hungry Child” ou “Melody of Love” prometem conquistar o público do Super Bock Super Rock, dia 16 de julho, no Palco Super Bock.
Diz-se que os Wire são a banda definitiva do pós-punk, graças à sua capacidade de criar canções em que a experimentação e a acessibilidade aparecem em doses perfeitamente equilibradas. Formada no ano de 1976, a banda de Colin Newman, Graham Lewis e Robert Gotobed brotou da cena punk de então, mas sempre pareceu querer ir um pouco mais além. E essa ambição ficou logo evidente na sua estreia. Dar o pontapé de saída de uma discografia com um dos melhores discos de todos os tempos não é para todos – e os Wire conseguiram essa proeza. “Pink Flag”, editado em 1977, é um monumento feito de canções breves, diferentes entre si, enigmáticas e heterodoxas mesmo dentro da cena punk. A banda não parou de experimentar nos anos seguintes, de querer fazer diferente, e essa inquietação resultou nos discos “Chairs Missing” (1978) e “154” (1979), também eles obras-primas. Mais frios, com composições mais longas e melódicas, estes dois registos elevaram a fasquia para todos, inclusive para a própria banda, que acabaria por fazer pausas na carreira, tanto na década de 80 como na década de 90, conscientes de que não vale a pena estar na música sem ser para testar limites, os seus e os dos outros.
Discos como “The Ideal Copy” (1987) ou “Send” (2003) provam esse compromisso da banda em querer soar sempre diferente a cada álbum, fugindo da zona de conforto e trocando as voltas a quem lhes quer colocar uma só etiqueta. Ao longo dos seus mais de quarenta anos de carreira, os Wire já foram muita coisa, influenciando nomes como Manic Street Preachers, Sonic Youth, R.E.M, Bloc Party, Franz Ferdinand, entre muitos outros. O espírito inquieto da banda ainda se mantém vivo, como facilmente se percebe ao ouvir o seu último disco, “Mind Hive”, editado este ano. Há guitarras distorcidas e uma eletrónica ao serviço de canções que têm o charme dos primeiros tempos. Músicas novas, como “Cactused”, e os clássicos de uma carreira com mais de quarenta anos farão desta vinda dos Wire a Portugal, no dia 16 de julho, um momento imperdível – e que só poderia acontecer no Super Bock Super Rock.
Son Lux é o projeto pós-rock do intérprete, músico e compositor Ryan Lott. Lott era o mais novo de três irmãos e passou a infância a andar de um lado para o outro nos Estados Unidos: do Colorado até Atlanta, passando pela Califórnia, houve algo que se manteve sempre na formação deste jovem: o interesse pela música. Entre o jazz e a pop, entre a guitarra e o piano, Ryan foi formando a sua sensibilidade artística, com a dança a ocupar também um papel importante na sua vida, paralelamente à música. Pouco depois começou a aparecer como Son Lux – isto é, a sua voz sobre melodias noturnas e etéreas, inspiradas nos ritmos do hip hop, do rock e até da música eletrónica. Depois da participação no Festival Of Faith & Music, onde atuou ao lado de nomes como Emmylou Harris e Sufjan Stevens, o projeto Son Lux começou a ficar cada vez mais sério para Ryan.
Em 2008 lançou o seu disco de estreia, “At War With Walls and Mazes”, depois de quatro anos de maturação. Os discos seguintes, “We Are Rising” (2011) e “Lanterns” (2013), confirmaram todas as boas expetativas em relação à capacidade Son Lux criar peças densas, atmosféricas e difíceis de esquecer. Depois destes primeiros três discos e de muitos concertos, aquele que era o lugar de um homem só passou a ser uma banda, com mais dois membros. Os músicos Ian Chang e Rafiq Bhatia passaram a fazer parte do projeto e já assinaram o quarto disco do grupo, “Bones”, editado em 2015. Mais ousado do que nunca, o disco revelava uma banda no caminho certo, o caminho do risco e da experimentação.
Depois da edição de “Brighter Wounds” em 2018, um registo mais pessoal para Ryan, influenciado pela morte de um amigo e pelo nascimento do filho, os Son Lux continuam a mostrar a sua originalidade ao mundo. E Portugal está lista de destinos para o verão de 2021 – dia 17 de julho no Palco EDP do Super Bock Super Rock.
Pedro de Tróia já é uma figura ímpar e inimitável no panorama musical português, com uma visão disruptiva, uma extrema habilidade para as palavras e uma voz sempre envolvente. Num processo de reconciliação consigo mesmo, editou em março de 2020 o seu disco de estreia a solo. Depois de encabeçar uma das bandas mais criativas que a música portuguesa conheceu nos últimos tempos, Os Capitães da Areia, o cantor e compositor apresenta-nos agora um incomum e memorável trabalho, repleto de delicadeza e generosidade, com a elegância pop que o caracteriza a servir de fio condutor para uma descoberta que também é nossa.
Ao longo de dez canções, oferece-nos muito do que sonhou, do que perdeu, do que aprendeu, e também aquilo por que lutou nos últimos tempos. “Depois Logo Se Vê", com produção e arranjos de Tiago Brito, é de um músico que se dá inteiro e que, dessa forma, consegue fazer um dos melhores discos portugueses do ano de 2020. O suplemento Ípsilon dá a definição perfeita deste registo de estreia de Pedro de Troia: “De um homem em catarse nasceu pop grandiosa”. E essa grandiosidade vai poder ser sentida no dia 16 de julho julho de 2021, no Palco LG by Rádio SBSR do Super Bock Super Rock.
Depois de tomarem o país de rajada em 2015 com “Costela Ofendida”, e de cimentarem esse trabalho em 2017 com “Pá Pá Pá”, os GANSO regressaram no ano de 2019 com novo lançamento discográfico. “Não te Aborreças” e “Os Meus Vizinhos” foram os primeiros avanços dessa nova etapa. “Não Tarda”, o segundo longa-duração do quinteto de rock alternativo lisboeta, foi de novo produzido nos estúdios Cuca Monga, em Alvalade. Este novo disco denota uma maior maturidade no processo de composição da jovem banda, afastando-se dos riffs rasgados que marcavam os dois trabalhos anteriores e deixando espaço para uma abordagem mais contemplativa, assente em cadências mais relaxadas e ambientes mais complexos.
Como preparação para o lançamento do novo álbum, a banda juntou-se aos Reis da República para apresentar “EQUINÓCIO”, uma digressão nacional conjunta que passou por doze cidades entre abril e junho de 2019. Em 2020, participaram no álbum “Cuca Vida” do Conjunto Cuca Monga, gravado em conjunto pelos artistas da editora Cuca Monga, tais como Capitão Fausto, Luís Severo e Rapaz Ego). E depois destes sucessos, os GANSO prometem conquistar também o verão de 2021, com o concerto de dia 17 de julho no Palco EDP do Super Bock Super Rock.
Já confirmados:
15 de julho
Palco Super Bock – A$AP Rocky
Palco Somersby – Jungle DJ Set
16 de julho
Palco Super Bock – Brockhampton, Hot Chip, Slow J
Palco EDP – GoldLink, Wire
Palco LG by Rádio SBSR – Pedro de Tróia
17 de julho
Palco Super Bock – Foals, Kali Uchis
Palco EDP – Local Natives, Boy Pablo, Son Lux, GANSO
Fico atento às próximas confirmações. Mais infos em www.superbocksuperrock.pt