Dia Nacional do Estudante marcado por protestos
A data serve para comemorar mas também para contestar!
Dia 24 de março - o dia promulgado pela Assembleia da República Portuguesa em 1987 como o Dia Nacional do Estudante. O decreto (n.º 77/IV) consagra a data, tendo como objetivos "o estímulo à participação dos estudantes na vida escolar e da sociedade" e a "cooperação e convivência entre os estudantes".
A data é de comemoração - lembra que "o estudante é um pilar da sociedade" - mas serve também para homenagear e relembrar as dificuldades e obstáculos que os estudantes enfrentaram nas décadas de 60, aquando da crise académica vivida em Portugal.
E é precisamente em nome de uma educação de e para todos(as) - já que este é um direito consagrado pela nossa Constituição - e de melhores condições, que os estudantes vão para a rua esta segunda-feira (24), em Lisboa. A concentração será no Rossio, às 14h30, seguindo em marcha até à Assembleia da República.
Unir forças em prol do fim das propinas, a luta por uma maior representação nos órgãos de gestão e uma ação social mais forte são a base deste movimento que tem como mote “Não Recuamos- Gratuitidade já!”. Mas não ficam esquecidas, questões como a escassez de residências públicas e alojamento (considerados um dos maiores desafios enfrentados atualmente por quem estuda), o aumento contínuo do preço das refeições sociais, a falta de bolsas de estudo, a saúde mental e a falta de apoio psicológico nas universidades.
Até ao momento, está confirmada a presença de 19 associações académicas e estudantis de todo o país: AEFCSH, AEESTC, AEFBAUP, AEFPIE-UL, AEISPA, AEMAE, AEFLUL, AEFBAUL, AESAD, AAC, AAUAçores, AAUALG, AAUAv, AAUBI, AAUE, AAUL, AAUM, AAUMadeira e AAUTAD vão estar no Rossio, onde os estudantes podem juntar-se àquilo que o Movimento descreve como “uma grande manifestação nacional”.
