Calçada portuguesa candidata a Património Cultural e Imaterial da Humanidade!

O objetivo é eternizar a arte e esta profissão.

20/03/2025
PUB

É uma referência por todo o país e um cartão de visita para quem não nos conhece. Agora, é também (finalmente) candidata a Património Cultural Imaterial da Humanidade! Falamos da tão "nossa" calçada portuguesa.

Esta conversa não é nova: há muitos anos que existe a intenção de eternizar a calçada portuguesa na UNESCO. Há cerca de 3 anos que a Associação da Calçada Portuguesa juntamente com mais de 50 calceteiros de todo o país, andam a trabalhar para concretizar esse desejo e eternizar a profissão e esta arte que tende a desaparecer devido, sobretudo, à diminuição de mestres calceteiros, à forte concorrência de outro tipo de pavimentos e ao declínio das indústrias extrativas e de transformação da pedra.

Mas esta semana, parece que foi de vez! O dossier da candidatura da “Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa” foi entregue na passada segunda-feira (17) e contou com o apoio dos municípios de Braga, Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal.

A produção de calçada portuguesa, como se pode ler na ficha de Património Imaterial, “inicia-se como uma técnica específica na primeira metade do século XIX, em Lisboa (...) expandido-se por todo o país e por vários continentes como um traço indiscutivelmente marcante da matriz não só lisboeta como nacional”. É arte, é uma profissão, é “uma das principais referências culturais, identitárias e estéticas do território nacional” e é um “ativo estratégico para a afirmação de Portugal”, segundo a Associação da Calçada Portuguesa.

Além de Portugal, é possível encontrar calçada portuguesa em zonas de Espanha, Gibraltar, Bélgica, Chéquia, China, com particular incidência no território de Macau, Malásia, Timor-Leste, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil, Estados Unidos e Canadá.