A luta contra o cancro foi longa e dura. E Marco Paulo acabou por perdê-la... Morreu esta quinta-feira (24) aos 79 anos.
O artista é sobretudo um ícone da música popular portuguesa e bateu recordes de vendas, entre os anos 70 e 90, com êxitos como “Taras e Manias”, “Nossa Senhora” ou “Eu Tenho Dois Amores”. Conhecido também pelas acrobacias com microfones em palco, é o quinto cantor nacional com mais discos vendidos de que há registo e também o único cantor português a alguma vez atingir a fasquia do disco de diamante (por ter vendido mais de um milhão de cópias com um só disco).
Em 2022, ano em que lhe foi diagnosticado um cancro no pulmão, foi condecorado com a Ordem Infante D. Henrique pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Nascido em 1945, em Mourão no Alentejo, com o nome de João Simão da Silva – era já a terceira vez que Marco Paulo punha "a vida nas mãos dos médicos e a alma nas mãos de Nossa Senhora", como afirmou recentemente numa entrevista: em 1996, já havia tido um tumor (no testículo direito) que removeu com sucesso e 20 anos depois, recebeu a notícia que tinha cancro da mama.
Nas últimas semanas, a sua situação clínica tinha-se agravado e acabou internado no Hospital CUF Descobertas, em Lisboa.
O "maravilhoso coração" do cantor que marcou gerações, bateu hoje pela última vez.