Está cada vez mais completo, o cartaz do 26º Super Bock Super Rock e também por isso... cada vez mais ímperdível!
Com as últimas novidades a confirmarem isso mesmo: um dos rappers do momento, o incontornável da DaBaby atua no Palco Super Bock, e a programação do Palco EDP fica completa com as confirmações de Hinds, SILVA e Son Lux.
Apesar da vida hostil e das dificuldades da rua, o rapper Jonathan Lyndale Kirk encontrou refúgio na música, concentrando energias na arte pela qual agora é conhecido em todo o mundo. Começou por se apresentar como Baby Jesus, mas mudou a assinatura para DaBaby pouco depois. As suas apresentações viscerais, como por exemplo a mítica atuação no South by Southwest em 2015, fizeram crescer a sua fama e deram-lhe a confiança para lançar “God’s Work Resurrected”, a primeira mixtape enquanto DaBaby. E muitas outras se seguiram: “Dollar Baby”, “Baby Talk”, “Baby Talk 2, 3 e 4”, “Blank Blank”… DaBaby afinava a sua personalidade artística para aquele que viria a ser o seu primeiro disco, editado em 2019: “Baby on Baby”.
A sua irreverência e o seu carisma deixavam claro que estávamos diante de um dos mais promissores talentos do rap internacional, algo que se confirmou com o segundo disco, “KIRK”, também editado em 2019. Temas como “Suge”, “Intro” e “Bop” invadiram os tops com uma energia muito particular. Mas o burburinho em torno do nome DaBaby também se deveu a colaborações com nomes do calibre de Chance The Rapper, Lizzo, Lil Nas X ou Post Malone. “Blame It on Baby” é o nome do terceiro disco, editado em 2020. Este último registo consolida a linguagem de DaBaby e conta com as colaborações de Future, Roddy Ricch, Quavo, entre muitos outros nomes grandes. Trata-se de mais uma série de canções eficazes, como “Find My Way”, e ambiciosas, como a faixa que dá nome ao disco, e que promete conquistar os fãs presentes em mais uma edição do Super Bock Super Rock – o concerto está marcado para dia 15 de julho no palco Palco Super Bock.
É impossível escrever sobre a melhor música brasileira dos últimos dez anos sem falar em SILVA. Desde 2011, ano da edição do EP “Silva”, que este brasileiro de Vitória é um dos nomes mais acarinhados pelo público, pela crítica e pelos seus pares mais sonantes (recorde-se as colaborações com Tom Zé, Gal Costa, Nelson Motta, entre muitos outros…). Depois de um notável disco de estreia, "Claridão”, em 2021, SILVA não parou de surpreender e editou de seguida outros dois discos de originais, mostrando assim um fulgor criativo muito acima da média. "Vista Pro Mar" (2014) e "Júpiter" (2015) conquistaram ainda mais ouvintes, com elementos eletrónicos a conviver alegremente com a influência da música popular brasileira. Em 2016 presenteou o público com “Silva Canta Marisa Monte”, um registo em que mostra o seu amor pela música de Marisa Monte, dando uma nova roupagem a alguns dos maiores sucessos da cantora.
Dois anos depois, voltou aos originais em “Brasileiro”. Este é muito provavelmente o registo mais interventivo de SILVA, gravado e editado numa época de enorme turbulência social e política, propondo um outro Brasil, melhor sem nunca deixar de lado a exigência de fazer cada canção valer a pena, nesse trabalho de artesão musical que lhe assenta tão bem. No final de 2020 chegou a altura de “Cinco” ver a luz do dia. Com colaborações de Anitta, João Donato e Criolo, o músico voltava a dar ao público uma coleção de canções memoráveis, num registo que marcou o início de um novo ciclo na sua vida e na sua carreira. Entretanto, nos últimos meses, preparou “O Bloco do Silva”, uma experiência ao vivo onde o músico canta o que quer, passeando pelas suas memórias afetivas, num abraço dado ao público depois de dias tão sombrios. Depois de já ter gravado um disco “Ao Vivo em Lisboa”, é evidente que SILVA se dá bem em Portugal. E nós agradecemos! Dia 15 de julho no Palco EDP do Super Bock Super Rock, o público português volta a encontrar-se com esta voz incontornável da música cantada na nossa língua.
A última década foi marcada pelo ressurgimento de boas bandas ‘de garagem’ em Espanha, muitas delas lideradas e constituídas só por homens. As Hinds marcaram a diferença e foram muito provavelmente o mais bem-sucedido de todos esses projetos. A banda nasceu em Madrid, no ano de 2011, fruto do encontro entre Carlotta Cosials e Ana García Perrote, duas jovens cansadas de ficar sentadas enquanto os amigos faziam música. Pegaram nas guitarras, aprenderam o básico para fazer as primeiras canções e, pouco tempo depois, lançaram as primeiras demos em modo lo-fi na plataforma Bandcamp. “Bamboo” e “Trippy” foram essas duas primeiras canções, lançadas em 2014, e depressa causaram um burburinho junto da imprensa especializada, recebendo elogios de publicações como a NME e o The Guardian. E era difícil ficar indiferente a essas canções melódicas e barulhentas, simultaneamente com um forte carácter adolescente e um certo apelo pop. Entretanto, o grupo passou a um quarteto com as entradas da baixista Ade Martín e a baterista Amber Grimbergen. Aquando do lançamento de mais um single, “Barn”, mudaram de nome para Hinds, depois de terem assinado Deers durante alguns anos.
O disco de estreia, “Leave Me Alone”, foi lançado em janeiro de 2016, pela Lucky Number no Reino Unido e pela Mom + Pop nos Estados Unidos. Nos meses seguintes deram concertos por toda a Europa e preparam-se para mais um disco. “I Don’t Run” contou com a produção de Gordon Raphael (The Strokes, Regina Spektor…) e foi mais uma boa prova da frescura deste pop saído da garagem, um pouco mais polido do que no início. O terceiro disco, “The Prettiest Curse”, foi editado em 2020. Singles como “Riding Solo” e "Good Bad Times" revelam uma banda continuamente à procura de acrescentar algo de novo à sua música, sem nunca perder a irreverência e o talento para fazer canções que ficam na nossa cabeça. A prova vai ser dada no dia 14, no Palco EDP do Super Bock Super Rock.
Son Lux é o projeto pós-rock do intérprete, músico e compositor Ryan Lott. Lott era o mais novo de três irmãos e passou a infância a andar de um lado para o outro: do Colorado até Atlanta, passando pela Califórnia, houve algo que se manteve sempre na formação deste jovem: o interesse pela música. Entre o jazz e o pop, entre a guitarra e o piano, Ryan foi formando a sua sensibilidade artística, com a dança a ocupar também um papel importante na sua vida, paralelamente à música. Pouco depois começou a aparecer como Son Lux – isto é, a sua voz sobre melodias noturnas e etéreas, inspiradas nos ritmos do hip-hop, do rock e até da música eletrónica. Depois da participação no Festival of Faith & Music, onde atuou ao lado de nomes como Emmylou Harris e Sufjan Stevens, o projeto Son Lux começou a ficar cada vez mais sério para Ryan. Em 2008 lançou o seu disco de estreia, “At War With Walls and Mazes”, depois de quatro anos de maturação. Os discos seguintes, “We Are Rising” (2011) e “Lanterns” (2013), confirmaram todas as boas expetativas em relação à capacidade de Son Lux de criar peças densas, atmosféricas e difíceis de esquecer.
Depois destes três primeiros discos e de muitos concertos, aquele que era o lugar de um homem só passou a ser uma banda, com mais dois membros. Os músicos Ian Chang e Rafiq Bhatia passaram a fazer parte do projeto e já assinaram o quarto disco do grupo, “Bones”, editado em 2015. Mais ousado do que nunca, o disco revelava uma banda no caminho certo, o caminho do risco e da experimentação. Depois da edição de “Brighter Wounds” (2018), um registo mais pessoal para Ryan, influenciado pela morte de um amigo e pelo nascimento do filho, os Son Lux continuaram a mostrar a sua originalidade ao mundo com a trilogia “Tomorrows”, editada nos anos de 2020 e 2021. E Portugal está agora na lista de destinos para o próximo verão – dia 16 no Palco EDP do Super Bock Super Rock.