Já deves ter ouvido falar do Fyre Festival – quem não? – ou talvez até já tenhas visto o documentário "Fyre: The Greatest Party That Never Happened" na Netflix. Se não, deixa-nos explicar-te o que está acontecer.
O Fyre Festival foi divulgado como o festival de música mais exclusivo alguma vez organizado. Deveria ter acontecido em 2017, nas Bahamas, mas acabou por ser o maior fracasso da história dos festivais. Organizado por Billy McFarland, o festival ia acontecer numa ilha privada, com acomodações de luxo, comida gourmet, festas VIP e, com atuações de artistas como Major Lazer, Blink-182, Migos e Disclosure.
Apesar de ter influenciadores associados, como Kendall Jenner, Bella Hadid e Emily Ratajkowski - que fizeram a publicidade através dos seus Instagrams - o cenário oferecido foi completamente diferente do esperado.
À chegada, não havia acomodações de luxo; pelo contrário, os convidados foram colocados em tendas de emergência (usadas para desastres naturais). A comida gourmet não passava de sandes e saladas, o lineup de artistas cancelou em cima da hora – pela falta de estrutura para os espetáculos – e a organização, ao encerrar o festival, não conseguiu garantir os voos de regresso, que foram cancelados, deixando muitas pessoas presas na ilha durante dias, sem água e comida.
Agora, desde 2023, o organizador voltou a anunciar o regresso do festival, afirmando ter aprendido com os "erros do passado". No entanto, parece que não é bem assim!
Depois de anunciada a segunda edição e de serem colocados os bilhetes à venda, as autoridades mexicanas – local onde terá lugar o evento – alegam não ter conhecimento disso.
Ainda sem datas anunciadas ou cartaz para o festival – até porque muitos acreditam ser outro golpe – os bilhetes estão a ser vendidos por 1 milhão de euros, mesmo que a Secretaria do Turismo do México já tenha declarado que "o Fyre Festival não terá lugar no país".