Depois da visita de 2017, o Papa Francisco passou pela segunda vez por Portugal em 2023, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (1 a 6 agosto).
Foram 5 dias em que o Santo Padre "quebrou o protocolo" ao aproximar-se dos peregrinos e ao abençoar crianças e bebés, mas sobretudo onde deixou apelos à paz e mensagens de amor e tocou os muitos milhares de jovens de todo o mundo, que foram ao seu encontro em Lisboa.
"Não tenham medo" e a "Igreja é de todos, todos, todos sem exceção" foram, sem dúvida, as que mais marcaram este encontro.
"Na igreja há espaço para todos. E, quando não houver, por favor façamos com que haja, mesmo para quem erra, para quem cai, para quem sente dificuldade. Todos, todos, todos."
O Papa apelou ainda para a importância da caridade e pediu que não tivessem "nojo da pobreza" porque o "amor concreto" é "esse que suja as mãos": "não há amor abstrato, não existe. O amor platónico está na órbita, não está na realidade", afirmou Francisco, na altura.
Despediu-se do nosso país com um elogio à JMJ - "foi a mais bem preparada e mais numerosa que vi" (esta foi a quarta JMJ presidida por Francisco) -, agradeceu ao povo português e ao impressionante número de peregrinos pela celebração "tão bonita" e partiu para Roma com a convicção de que "os jovens são uma surpresa".
Hoje, foi também com alguma surpresa que "todos, todos, todos" no mundo receberam a notícia de que o Papa Francisco regressou "à casa do Pai" . Tinha 88 anos.